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O BÚFALO
O búfalo ou carbau tem um papel multifacetado para a sociedade Timorense.
É um animal de trabalho, utilizado no piso das várzeas de arroz inundadas.
Mas é também um animal de sacrifício nas cerimónias sagradas ou profanas: festejos, ritos propiciatórios agrícolas e ritos mortuários. À excepção destas alturas, não se retiram animais às manadas: os abates anuais representam cerca de dois por cento do total da espécie.
Por último, a posse de búfalos é entendida como um sinal de riqueza, tornando-se uma medida para o prestígio do seu dono.
Respeitam uma concepção religiosa, segundo a qual, o universo é tripartido.
Assim, o corpo do telhado envolve o mundo dos espíritos dos antepassados, a zona de residência, o mundo dos vivos e a zona abaixo do sobrado, o dos espíritos da Natureza que são por norma atribuídos aos animais.
É usado nas trocas matrimoniais, constituindo parte das prestações masculinas, no pagamento dos dotes matrimoniais ou barlaque.
Dos seus cornos são feitos inúmeros objectos, em muitos casos, simbolizando o crescente lunar. Em algumas etnias, como as de Viqueque, as casas, fazem lembrar os cornos do búfalo.
Está associado ao crocodilo, que o trouxe de além-mar, logo, com os mitos de origem dos timorenses e da terra. Está, também, na origem dos nomes de alguns lugares.